Você já conhece a importância da limpeza nas escolas, mas essa não é a única preocupação em uma gestão escolar.
A gestão escolar é um conceito que se difere da administração escolar. Isso porque enquanto uma visão administrativa foca na organização e direcionamento de recursos, a gestão é resultado de uma visão estratégica. Por sua vez, o que se sobressai é o significado dos recursos que precisam ser atribuídos por pessoas e para pessoas.
De acordo com a especialista em educação Heloísa Lück:
“A gestão escolar aborda questões concretas da rotina educacional e busca garantir que as instituições de ensino tenham as condições necessárias para cumprir seu papel principal: ensinar com qualidade e formar cidadãos com as competências e habilidades indispensáveis para sua vida pessoal e profissional.”
Para desempenhar tal função, existem 6 pilares da Gestão Escolar a serem considerados: Gestão Pedagógica, Gestão Administrativa, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Gestão de Comunicação, Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos.
Ter essa divisão em mente e dar a devida atenção a cada um dos pilares, ajuda os gestores a terem visibilidade de seu trabalho e atuar com maior foco em cada necessidade de cada vez.
Saiba mais sobre os 6 Pilares da Gestão Escolar!
1. Gestão Pedagógica
O planejamento dos propósitos, conteúdos e métodos relacionados diretamente à educação.
É por meio da gestão pedagógica que se define quais são os parâmetros de ensino-aprendizagem que sua escola irá adotar. Para tanto, é preciso analisar também as etapas que se precedem e sucedem o momento do aprendizado em si.
Enquanto os propósitos direcionam o norte da educação, as metodologias irão adentrar o campo da viabilização, através de materiais e treinamento de professores que permitirão atingir esses objetivos.
A absorção e o engajamento dos alunos durante a aula serão reflexos destas etapas anteriores, mas deverão ser acompanhados de perto pelos professores que precisam estar bem alinhados e motivados aos propósitos definidos.
Através de uma metodologia voltada à experiência, por exemplo, é possível medir resultados já durante as aulas e não apenas esperar para avaliar o desempenho por meio de provas posteriores.
2 . Gestão Administrativa
Estabelecer o cuidado e manutenção da estrutura da escola que garantam seu funcionamento. O que inclui recursos físicos, materiais e financeiros.
Dentro deste processo se encontram desde o cuidado e a manutenção patrimonial até as rotinas da secretaria. Basicamente, se trata de manter o ambiente organizado por meio de diretrizes que não atrapalhem, mas muito pelo contrário, permitam a fluidez e otimização da Gestão Pedagógica.
Por isso a importância de manter o ambiente limpo, todos os materiais disponíveis e até as tecnologias da informação adequadas que permitam melhorar o trabalho de todos no dia a dia.
Para escolas conservadoras, a gestão administrativa é suficiente. Porém os recursos são apenas o cenário. A gestão adequada insere os alunos no centro de interesse e usa dos recursos para atender aos objetivos centrais da educação.
3. Gestão Financeira
Enquanto a gestão administrativa aponta para as necessidades estruturais da escola, a gestão financeira viabiliza esses recursos através das finanças que precisam estar equilibradas e saudáveis. Em resumo, elas precisam andar de mãos dadas.
Para isto, é preciso ter controle de contas a pagar e a receber, visualização clara de gastos fixos e variáveis, medidas para problemas como o da inadimplência tanto quanto um trabalho voltado à captação de novas matrículas.
Além de visão, na prática também será preciso investir em softwares e ter profissionais aliados de contabilidade e administração que permitam uma gestão segura dos recursos financeiros da escola.
4. Gestão de Pessoas
Para que a escola funcione harmoniosamente diante de todos os pilares, como um orquestra em sinfonia, é preciso considerar toda a comunidade escolar, ou seja, todas as pessoas direta ou indiretamente envolvidas.
Portanto, a gestão de recursos humanos inclui especialmente alunos, professores, coordenadores, funcionários, fornecedores e pais. Em geral, todos aqueles que podem afetar de alguma forma os objetivos estabelecidos.
Um outro ponto é que, apesar de que os gestores precisam desenvolver a visão do processo completo, será preciso dividir os papeis de atuação mais próximos de cada função, entre gestores, coordenadores e professores.
Diante das pessoas, é preciso se lembrar do papel de liderança que engaja e estimula a todos dentro dos mesmos ideais, mas estipulando os papeis e funções de cada um.
Os líderes são capazes de manter o respeito e o entrosamento que favorece o trabalho em equipe, sempre incentivando e orientando para extrair o melhor das pessoas.
5. Gestão da Comunicação
A comunicação está ligada diretamente à gestão de recursos humanos. Afinal diz respeito à troca entre transmissão e recepção da mensagem por pessoas.
Por mais intangível que pareça, é por meio de uma boa comunicação que muitos problemas são evitados ou minimizados. Se achar melhor, pode organizá-la entre interna e externa.
Entre algumas métricas que garantem a qualidade dessa gestão no ambiente escolar estão: garantir que professores estejam alinhados e engajados com as propostas da escola, assim como os alunos focados no aprendizado e pais conscientes de sua importância nos estudos dos filhos.
Apesar dos vários meios, o mais importante é garantir que as informações foram recebidas e compreendidas pela outra ponta. Da mesma forma, saber ouvir e considerar as opiniões e possíveis respostas que surjam a partir daí.
Na prática, as escolas podem se comunicar com a comunidade escolar através de murais, aplicativos, e-mails ou reuniões, por exemplo. Quanto mais objetiva e generalizada a informação, maior é a chance de usar um método impessoal como um aplicativo.
Já um feedback comportamental sobre um aluno a seus pais ou mesmo ou uma orientação voltada a um funcionário, devem ser feitas com maior cautela e de preferência pessoalmente.
6. Gestão de Tempo e Eficiência dos Processos
O tempo é um dos grandes recursos que precisam ser considerados para estabelecer prioridades e garantir o foco no cumprimento de tarefas.
De acordo com pesquisas, os gestores escolares passam a maior parte de seu tempo imersos em tarefas operacionais, enquanto “apagam incêndios” cotidianos. Já o planejamento a médio e longo prazo acabam sendo deixados para segundo plano, mesmo sabendo que este deveria ser o foco principal para os gestores.
Dessa forma, estabelecer listas de prioridades, funções bem delimitadas entre os colaboradores e ainda desenhar processos assim como maneiras de automatizá-los no dia a dia, fazem parte de uma gestão de tempo eficiente.
Será um exercício constante em favor do aumento da produtividade, garantindo assim maior previsibilidade de desafios e potenciais.
Fonte: https://educador360.com/gestao/gestao-escolar-pilares/