lavar as mãos

Um hábito muito comum que deveria ser automático para as pessoas, mas muitas vezes é subestimado e deixado de lado: lavar as mãos. A higiene deve ser vista como prioridade para todas as pessoas, é muito importante estar atento à ela para evitar possíveis doenças tanto para si quanto para as outras pessoas. Por menor que seja a atitude, é importante que seja feita. Esse comportamento é rápido e não há pontos negativos, pelo contrário, lavar as mãos contribui e muito para a saúde da população.

Uma ação tão simples e rápida, mas com efeitos tão importantes. Lavar as mãos é um hábito básico de higiene que tem consequências muito positivas para a saúde. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o hábito pode reduzir em até 40% a contaminação por vírus e bactérias que causam doenças como gripes, resfriados, conjutivites e viroses. 

Mesmo assim, a prática é negligenciada tanto por pessoas comuns como por profissionais da saúde no dia a dia. Por isso, a OMS instituiu o dia cinco de maio como data para a realização de programas e ações que estimulem o hábito de higienizar as mãos todos os dias.

Os especialistas recomendam que a higiene das mãos seja feita com água e sabão sempre que necessário – principalmente antes das refeições e ao sair do banheiro. Vale também ter sempre à mão álcool gel para fazer a limpeza quando não houver outros meios à disposição. “A higiene das mãos, com água e sabão ou com álcool gel é uma medida que deve ser utilizada”, afirma Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, médico da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas e Responsável pelo Programa de Stewardship da Fundação São Francisco Xavier. 

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A higienização correta das mãos é parte fundamental para prevenir que bactérias multirresistentes se espalhem em ambientes hospitalares. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde revelam que, mundialmente, as infecções relacionadas à assistência à saúde afetam centenas de milhões de pessoas e têm um impacto econômico significativo nos pacientes e sistemas de saúde. Em países desenvolvidos, essas doenças representam de 5% a 10% das internações em hospitais de cuidados agudos. Nos países em desenvolvimento, o risco é de duas a 20 vezes superior e a proporção de pacientes com esse tipo de infecção pode exceder 25%.

No Brasil, de acordo com dados da Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas são causadas por micro-organismos multirresistentes – aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos. “A higienização das mãos é uma prática tradicional e, isoladamente, é o fator mais importante na prevenção das infecções. Por mais que tenhamos tecnologia e antibióticos potentes, nada vai impedir que uma bactéria passe de um paciente para outro se não fizermos a higienização”, enfatiza Evaldo Stanislau.

 

Fonte: Emais.Estadao

Imagem: PN7